
Nada resta do que se lamentar ou correr atrás para recuperar algo perdido, tentar voltar a ver o mundo com os olhos de antes ou deitar para esperar o fim inevitável, não por ser covarde, mas por já não ter mais forças para se erguer e tentar ficar de pé.
As vezes nos perguntamos para onde ela foi? Ou por que se foi? Perguntas sem respostas, lamentos sem acalantos, mas por quê? Quando deixou de existir, castigo ou simplesmente falta de cuidado.
A estrada se torna cada vez mais perigosa, solitária, o tempo, outrora tão acolhedor, descortina tempestades cada vez mais sinistras e amedrontadoras. Raios que cruzam o céu como se fossem mil espadas tentando atingi-lo, o vento parece querer cortá-lo em dois ou em mil pedaços, vozes que antes cantarolavam ao seu ouvido lhe diz hoje impropérios, palavras que machucam mais que navalhas.
Mas cadê seus poderes mágicos? Cadê a armadura capaz de transpor esse vale de gritos e lamentações, cadê o tapete voador. Já não os tem, já não consegue sacudir as mãos como antes. Será o fim? Ou o inicio de uma grande jornada?